E lá vamos nós...

Vai ser um prazer ter você comigo! Que meus textos divirtam, informem, e me deixem mais perto de você! Bjs.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Outro dia de coisas bonitas e interessantes

Bem, hoje queria ver o Jardim Zoológico daqui.  Só curiosidade mesmo. Cheguei lá (com meu bondinho 9 - já estamos íntimos!) por volta de 10h20. Uma fila colossal. Acho que todas as mães e pais de folga levaram seus filhos hoje no zoo.  Inacreditável!  Já àquela hora!

Como tinha outras coisas para ver por ali, pensei: depois eu volto. Vai estar mais vazio, perto da hora do almoço.

Vocês verão nas fotos que hoje fez sol, mas estava um gelo. Para aquecer só mesmo no sol (por um bom tempo) ou no interior de restaurante, tram, museu.

Primeira parada: De Hortus (http://www.iamsterdam.com/en/placestogo/hortus-botanicus-amsterdam---de-hortus/effe9d70-0d7b-4f10-812d-5c047f2fe617), o jardim botânico daqui.  Um lugar lindo, muito bem estruturado, todas as plantas têm indicações de espécie, origem, características, etc.  Há alguns pavilhões em que reconstituiram microclimas ou microecosistemas.  O Hortus data de 1638.  Começou como um lugar de pesquisa de plantas curativas; durante os séculos 17 e 18, com a expansão da Cia. das Índias, recebeu muitas plantas já de caráter ornamental, e aí se transformou rapidamente.  Inicialmente, as plantas eram dispostas por similitude (o que se parecia com o que), depois (hoje) as plantas são dispostas por semelhança genética.  Para isso, seu grande mentor, Hugo de Vries (homenageado por todo lado), desenvolveu pesquisas, muitas. Foi até convidado pela cidade de NY para trabalhar para a municipalidade de lá.  Para não perdê-lo, Amsterdã realizou vários dos projetos que ele pleiteava, e.g., pavilhão das palmeiras (Palmhouse).  O jardim botânico não é dos maiores, mas usa proficuamente todo seu espaço. O número de espécimes é impressionante.Tudo é muito bem mantido. Houve interferências recentes para recuperar espaços que estavam deteriorados.  Uma delícia caminhar por ali, dispender umas horinhas, e depois tomar um café no lindo restaurante que têm por lá.

Depois fui procurar o museu que fica na antiga sede do sindicato dos trabalhadores em diamantes.  Só que está fechado, em reforma. Para o próximo, então.

Museu da Resistência Holandesa durante a Segunda Grande Guerra. Ah, sim, antes passei pela entrada do zoo. Mais fila ainda do que antes. Depois eu volto.

O Museu da Resistência é muito interessante. Além de uma interatividade fantástica - melhor até do que a da Oca, do Museu da Língua Portuguesa, de que eu tanto gosto. Uma surpresa muito agradável! -, o número de documentos, pertences pessoais que há ali é de deixar a gente tonta.  Minúcia, minúcia, minúcia...contam a história da resistência holandesa de 1940 a 45. E como havia estudantes, e como havia pessoas de boa idade (mais de 70 seguramente) levando crianças e jovens. Interessante!  A Holanda também se penitencia, pois apesar de ter acolhido os judeus desde a formação do país, sobretudo em Amsterdã, aqui os que aderiram ao nazismo somaram quase 10% da população do país,o que não é pouco. Houve manifestações grandiosas contra o regime nazista, mas houve também muito colaboracionismo.  O que se vê aqui não tem a mesma proporção ou tom do que se vê pela Alemanha, mas ainda assim é marcante. Mea culpa, mea culpa!

O museu é muito interessante. Além da exposição principal, havia outra de um desenhista/caricaturista, Fritz Behrendt (http://www.iamsterdam.com/en/productions/fritz-behrendt-wartime-drawings/68f260f1-b7c3-10cf-3cccee4b3db6f890), ótima.  O homem era brilhante!

Última tentativa de ir ao zoo: fila, fila, fila...

Peguei o 9 e fui ao centrão.  Dei um rolê no shopping bacana que vi domingo (é bonzinho, vale mais pelo prédio em si, antiga sede dos correios da cidade), e almocei ali.  Comi um kwekkboom (tem várias casas disso aqui); na verdade é um croquetão com mais batata que carne. Veio com pão, uma saladinha, mostarda e manteiga. Bonzinhho - aliás, aqui toda comida é boazinha, e só.  E lá se vão Euros 16 pelo prato, uma coca, um expresso e o serviço.  Uma cosia interessante é que são ruins de sobremesa por aqui. Ninguém tem cardápio de sobremesa.  Um ou outro lugar oferece sorvete, mas não tem nada no cardápio especificamente como sobremesa. Além disso, é uma misturança geral: como ficam abertos direto, servem café, almoço, lanche, jantar, se pode, em princípio, pedir qualquer coisa a qualquer hora. Para os meus atuais horários desregrados, é até bom.

Depois fui a uma casa de um fabricante de queijos que o guia do tour de domingo mostrou. É um queijo artesanal, premiado.  Você pode degustar os queijos (vários) com uma ou duas taças de vinho por Euros 10, quase todos os dias.  Eu degustei alguns, com um pouco de vinho, mas para comprar, tanto que nem me cobraram o vinho (aliás os, porque me serviram dois para sentir a diferença dos queijos).  É o Reypenaer (http://www.wijngaardkaas.nl/en), premiadíssimo, e uma delícia mesmo.  Agora é só juntar um vinho em casa...e pronto!

Aí dei uma boa caminhada pelo centro, tomei um cafe latte com croissant (finalmente achei um de chocolate) e fiz ums visita-relâmpago à C&A. Minhas amigas sabem que adoro as coisas da C&A.  Em Hamburgo havia uma mega, mas não deu tempo de visitar. Aqui dei uma passadinha. Tem 4 andares, uma variedade enlouquecente, e mais, tamanho, tamanho, tamanho para mim, afinal o pessoal daqui é grande! Bem, comprei só uma camisetinha, mas vi coisas bem baratas que seriam interessantes, mas não dá para carregar, senão minha mala vai estourar,e ainda tem mais dois dias aqui.

Aí peguei meu amiguinho tram 9 e voltei para a Rembrandt Plein. E fui visitar o Tuschinski Theatre (http://en.wikipedia.org/wiki/Tuschinski), que fica bem pertinho do hotel. Genteeee, aquilo é uma coisa!!! Um teatro que virou cinema também. Construído em 1921 com o melhor da arte deco e arte nouveau, foi restaurado há uns 8 anos.  A sala 1 é a mais grandiosa, especial, então era essa que eu queria ver. Já estava disposta a assistir a Alice de novo, ou a outro filme qualquer só para ter acesso à sala. No que fui perguntar o que estava passando na sala 1, pois gostaria de vê-la, a recepcionista simpaticamente me disse: se é só para ver, pode ir. A senhora teve sorte. A sessão anterior acabou e a de agora ainda leva uns minutos.

Uauuu, fui correndo!  É impressionante! Não tirei fotos - só da fachada, está no link abaixo - porque não vou abusar também, né?  Minha máquina tem flash, então não queria incomodar as pessoas que estavam lá. O fato é que é uma megassala, com poltranas confortáveis em tecido imitando veludo (vermelho), uma tela/um palco enorme, galerias, camarotes, a decoração no teto, nas paredes é indescritível. Riquíssima! Os lustres...afe!!!! Aproveitei para dar uma andadinha pelos corredores entre as salas. Tudo muito, muito art deco+nouveau. Uma misturança só, mas grandiosa! Impressionante! Vejam algumas imagens internas neste link do Google: http://www.google.com/images?q=tuschinski+theatre&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=Z3jpS5HlFMevOJye5IcL&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CD8QsAQwAw.

Bom, agora vou descansar porque amanhã tem muito mais.

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Hortomuseuresistqueijotuschinski11052010?feat=directlink

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