E lá vamos nós...

Vai ser um prazer ter você comigo! Que meus textos divirtam, informem, e me deixem mais perto de você! Bjs.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E se acabou!

De volta pra casa, felizmente, após uma viagem ótima.  Tenho só uns comentários finais:
  1. hoje, ao deixar o hotel (6h30) para ir para o aeroporto, fazia um solzinho. Frio, mas com sol. Menos mal. Amsterdã deve ter bombado com esse clima;
  2. o check-in no Schiphol, que deve dar uns 10 Cumbicas e igualmente ter 10 vezes mais voos e passageiros, é rapiDez! As dezenas de máquinas da KLM pelo saguão permitem o check-in pelo passageiro, facinho, facinho, só sobrando despachar bagagem para quem tiver que fazê-lo. Para quem tem só bagagem de mão, acaba ali.  Elimina filas, elimina espera dos passageiros, diminui o desgaste dos atendentes. Simples, né? Por que não fazem isso em Cumbica? Afinal, aqui seria ainda mais importante justamente pela defasagem do tamanho em relação ao que o aeroporto opera.  A infra ficou lá atrás, e soluções simples como essa ajudariam muito;
  3. outro problema de Cumbica: as esteiras. Como é possível querer desembarcar voos como os que temos hoje em dia, de e para todos os cantos do mundo, com centenas de pessoas desembarcando ao mesmo tempo e vários voos chegando ao mesmo tempo, com as esteirinhas que temos por aqui? E a demora na colocação da bagagem na esteira? Disseram-me que é porque elas não aguentariam tudo colocado de uma vez...pode? E hoje demorei mais tempo para passar na imigração, sendo brasileira, do que na Alemanha e na Holanda, sendo estrangeira. É brinca? E mais, os pobres estrangeiros com conexão obrigatoriamente têm de fazer alfândega em SP e não no destino final. Não dá para dar uma facilitada?
  4. o taxista que me pegou hoje no hotel foi o mesmo da minha chegada.  Mas hoje não teve perhaps;
  5. única coisa que acho que os holandeses ainda não pegaram bem: fila única. No banheiro, na fila da imigração, em lojas, etc., isso não foi instaurado ainda;
  6. muitos indianos no voo para SP. Havia igualmente outras nacionalidades, mas poucos holandeses mesmo e só uns 50% brasileiros. Felizmente o voo não lotou, então as aeromoças acabaram acomodando melhor os passageiros. Eu mesma ganhei um lugar melhor, sem vizinho.  E a KLM é nota mil mesmo! E não foi sorte, não, afinal em 2008 voei também 4 vezes com eles entre três países diferentes. Os aviões agora estão mais modernos (mesmo os menores, como para o voo Amsterdã/Hamburgo. São da Embraer), e sempre os achei mais confortáveis do que companhias como a TAM; a comida sempre é razoável; agora o serviço de bordo é bom demais! As/os comissãrias/os de bordo são simpáticos as 12h de voo, servem a todo momento água, um sorvete, um petisco, além das refeições. Não se precisa pedir. Estão sempre atentos para ajudar os passageiros em suas necessidades.  Mesmo no balcão são ótimos (Amsterdã, Hamburgo, Bruxelas, menos aqui, como mencionei nos posts iniciais. Não dá para fazer milagre com a mão-de-obra prestadora de serviços que temos, oras!).  Único senão: aquela cor azul do uniforme deles! Valha-me! É sempre um susto;
  7. e para terminar: nos posts iniciais contei que esquecera uma sacola na esteira de raio-x de Hamburgo. Pois bem, hoje alguém esqueceu bolsa e travesseiro. Anunciaram pelo alto-falante, tá?  E três passageiros fizeram check-in, depositaram bagagem e não embarcaram. Isso atrasou o voo em uns 15 minutos, pois precisaram retirar as bagagens dos distraídos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Voltando para casa...


Hoje não tem muitas fotos, pois já fotografei muito em 2008 e dentro dos museus não se pode usar máquina, claro (http://picasaweb.google.com/miriamkeller/VanGoghRijks13052010?feat=directlink).

Dia de rever dois museus de que gostei muito da outra vez: o Van Gogh e o Rijksmuseum.  Fui primeiramente ao Rijks, já que abre antes e, não sei por que, o pessoal corre para o Van Gogh e às vezes até se esquece do Rijks.  E olha que os dois ficam quase que em frente um do outro.  Enfim, no Rijksmuseum, além da obra fantástica de Rembrandt - um prazer ver e rever, agora estão mostrando The Golden Age (http://www.rijksmuseum.nl/tentoonstellingen/een-dag-uit-het-leven-in-de-gouden-eeuw?lang=en), que é muito bonita. Quadros, louças, mobiliário, tudo muito interessante.

Depois segui para o Van Gogh, que é menor, mas tem as obras do VG, claro!, montes delas, e sempre tem exposições temporárias.   É tudo muito organizado, a visita fica fácil, agradável, mesmo com o mundo de gente que tinha lá. Mas o grosso é mesmo a obra de Van Gogh, o que também é sempre muito bom rever. A exposição temporária é de Paul Gauguin (http://www.vangoghmuseum.nl/vgm/index.jsp?lang=nl).  Também muito bonita e interessante.  Só que o museu, como é bem mais procurado, estava apinhado. Muita paciência para ver as obras. Desvia daqui, desvia dali, se enfia por aqui...

Valeu o tempo e esforço para rever os dois museus e dar uma caminhada rápida pelo parque à volta (rápida porque continua frio e dava uma garoa de vez em quando).

Já era por volta de 13h30 então voltei para a Rembrandt Plein e fui almoçar. Outro almoço esquisito. Um tal de filé Sate (http://en.wikipedia.org/wiki/Satay), que vem com um molho apimentado, com farofa de amendoim, uns negócios que me pareceram algo tipo baconsitos e uma saladinha (herança das colônias com certeza).  Estava bom, mas é para uma pessoa que não esteja faminta. Eram três espetinhos com carne macia, com os acompanhamentos que descrevi e fatias de pão.  Bonzinho...E a única sobremesa que ofereciam nesse restaurante era torta de maçã, aliás um milagre ter sobremesa. Passei, mas vi as de um grupo que estava na mesa ao lado: torta e uma bolotona de sorvete. Tinha cara de estar bom, mas não me apeteceu. Ah, sim, e, milagre!, havia guardanapos adicionais num copo em cada mesa. Cafezinho e rumo ao hotel, afinal é o momento crucial de toda viagem: arrumar as malas para voltar para casa.  Crucial não por uma questão sentimental, emocional, mas física. As malas não fecham...

No final até que ficou tudo bem ajeitado. Comprei só bobaginhas, mas no final bobaginhas x 50 dá um volume e peso...

Não sei o que deu no dono do hotel desta vez; fez questão de dizer que amanhã cedo estará acordado e me ajudará com as malas. Como não confio, não, já deixei tudo no jeito para descer os 80 degraus com minhas muambas...

Bem, esta viagem foi ótima! Acho que fiz o certo escolhendo apenas dois países e basicamente duas cidades para rever.  Ainda haveria muito mais a ver em Hamburgo e aqui, em Amsterdã, mas já deu para satisfazer. Depois, apesar de ter andado muito, deu para olhar para os lugares, para as pessoas.  E cansou, podem crer...Vou precisar de uns dias para me recuperar.

A lição para mim, para meu modo ser, para minha idade, para minha visão de mundo atual, é: quantidade não é qualidade mesmo. Daqui para a frente, somente viagens para um lugar só, com possíveis extensões, sem comprometer o bem-conhecer de cada lugar.  Na verdade, acho que sempre gostei disso mesmo, pois apesar de ter viajado bastante durante minha longa vida, como turista, fiz viagens passando por vários lugares numa tacada só apenas umas três ou quatro vezes. Então, se você pensa em fazer algo tipo "volta ao mundo em x dias", não conte comigo...

Considerações finais, acho...

  1. Realmente, o que tem gente idosa fazendo turismo por aqui é incrível. Hoje visitei dois museus, então, agrupados, a gente percebe mais ainda.  E são velhinhos mesmo. Mais de 70 com certeza. E todos com sua mochilinha nas costas, olhando mapas, olhando tudo com muito prazer e alegria. Bacana demais!
  2. hoje é feriado aqui (Ascensão - segue o que achei: Ascension Day always falls on a Thursday, ten days before Pentecost. In many countries, including Belgium, Colombia, Denmark, Finland, France, Greenland, Haiti, Iceland, Indonesia, Liechtenstein, Luxembourg, Madagascar, Namibia, Netherlands, Norway, Austria and Switzerland is an Ascension Day holiday. Many Christians will visit a church service or mass. In other countries (eg Hungary, Italy, Poland, Portugal and Spain) celebrates the Ascension on Sunday seven days before Pentecost.. De manhã realmente estava tudo tranquilo demais, mas bateu 12/13h, quando terminei minhas visitas aos museus e fui almoçar, multidões pelas ruas. Difícil de andar em alguns lugares, mais do que em dias normais;
  3. zilhões de pessoas com mapas na mão. Em todo restaurante tem várias, pelas ruas também.  Fui parada nestes dias por meia dúzia de pessoas procurando informações. Pude ajudar umas quatro, pois eu conhecia os lugares que procuravam. As outras não falavam inglês, então não deu para fazer nada;
  4. já mencionei que onde for pegue o mapa, o museum plan, o que for.  Sempre ajuda muito, pois são muito bem feitos. E onde puder, também se deve pegar o audiotour.  Todo museu por aqui fica entre Euros 10 e 15.  Tem um tipo de carnê-museu que dá desccontos, paga-se bem mais em conta, mas só interessa para quem sabe que vai visitar vários museus. E, ojo!, verifique, antes de comprar, se os que você quer ver são abrangidos pelo passe-museu.  O Jardim Botânico, por exemplo, não é;
  5. os museus estavam abarrotados de estrangeiros: italianos, japoneses, muitos, mas muitos russos mesmo.  Eles têm até tour próprio, na língua pátria;
  6. a comida daqui é ruinzinha mesmo.  Não sei como esse pessoal é tão grandão, bem nutrido, pele boa, cabelo bom...deve ser a água;
  7. a greve dos lixeiros continua...
  8. tem muito brasileiro por aqui...montes;
  9. o que ajudou muito a não pegar fila no Van Gogh e no Rijks foi comprar os ingressos antes (as agências de turismo vendem pelo mesmo preço da bilheteria).  Isso me economizou muito tempo em cada um;
  10. aqui não tem esse negócio de levar máquina de cartão de crédito na mesa. Tem de levantar e ir ao balcão do restaurante. Esse avanço ainda não chegou por aqui.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

E vamos que vamos!


Gente, gente, gente...o que é esse frio que se abateu sobre os Países Baixos???

Enfim, vamos lá...

Pós-almoço, hora de me dirigir à Lindbergh (aqueles bagunçados do turismo local). Simpáticos, porém bagunçados.  À tarde ia para Delft e Haia. Ia, não, fui!

Delft fica a mais ou menos uma hora de Amsterdã.  As estradas são ótimas! Como as alemãs, mas o trânsito?!  Terrível!  Não sei de onde sai tanto carro, tanta gente, afinal a região não deve ter mais do que uns 3 milhões de habitantes, somando Amsterdã, Delft, Haia e por aí vai.  E olha que, como as estradas são boas, os carros são novos - não vi carro velho por aqui, desenvolvem velocidade, e mesmo assim tem uma hora em que para tudo (há algumas fotos).  Tanto faz se você está indo ou vindo, em algum ponto do caminho vai parar, reduzir e andar bem devagarinho por um bom tempo.

De qualquer forma, chegamos bem a Delft.  Hoje a guia (não a mesma de 2a.), falava em inglês, alemão, italiano e espanhol. Foi até bom, porque deu para eu dar uma cochilada e descansar, sem perder nada. Explico: até ela passar por todos os idiomas eu já tinha cochilado, acordava e pegava o que ela dizia em inglês, ou em italiano ou espanhol (só alemão é que não dava). Pronto, não perdia nada!  Os guias (creio que mencionei no post de segunda) têm obrigatoriamente de falar várias línguas por aqui. Só que não são o máximo de correção, evidentemente, mas o importante é que têm jogo de cintura, são simpáticos, dão o recado e conseguem atender aos turistas muito bem.

O ônibus de hoje também era mais confortável que o de segunda, além de não estar entupido de gente.

Além de darmos um giro rápido por Delft, cidade de 90m habitantes, portanto pequenina, nada a ver com Amsterdã, fomos visitar uma das empresas que faz o verdadeiro azul de Delft: a Delft Pauw (http://www.delftpottery.com/).  Fomos recebidos pelo responsável e funcionários da casa nos explicaram o processo integralmente, tudo em 3 linguas (ai, isso dá uma canseira...).  Chegamos a ver o pessoal pintando as peças, tudo artesanal.  Aí "lodjinha", claro...Ah, importante: somente as peças fabricadas pela Pauw e a concorrente é que têm certificado como legítimas azuis. Tudo o mais é cover.  Eu mesma comprei algumas coisas em 2008 em Amsterdã.  Nada a ver!  Obviamente, independentemente disso gostei muito do que comprei em 2008, do que ganhei há anos de pessoas que passaram pela Holanda.

E, claro, pelo fato de darem certificado, ser tudo artesanal, etc., as peças produzidas pelas duas empresas custam muito, mas muito mais caro mesmo. De todo jeito, é admirável a variedade e a qualidade.  Dá vontade de ter tudo em casa.

Depois da fábrica de porcelana, vimos a parte bacana da cidade, e pé na estrada, a caminho de Haia.  Sim, ela mesma, a de nosso Rui Barbobas (http://www.casaruibarbosa.gov.br/template_01/default.asp?VID_Secao=298). E eu passei por e fotografei a Corte de Haia.  Haia é posh, dá para notar (aliás, essa é a opinião do pessoal de Amsterdã).  Haia é limpa, é organizada, é bonita, bem cuidada, parece mais uma cidade alemã.  Tem uma arquitetura sui generis, muito arrojada, todo o governo está ali (de reis a ministros), então dá para "se achar", né?  A verdade é que, saindo de Amsterdã, passando por várias cidades pelo caminho até chegar a Haia, a conclusão é que Amsterdã é que é diferente de tudo o mais.  A partir da saída de Amsterdã, ou melhor, em suas extremidades, já se nota algo mais organizado, limpo, quadradinho.  Amsterdã é que perverte a ordem mesmo.

Haia é o centro do poder holandês e é uma cidade muito interessante.

Além de um giro pela cidade, que também tem pontos bacanas, jardins fabulosos, praças lindas, casas fantásticas do pessoal endinheirado, fomos até Madurodam (quem??????).  Google, pls:  http://www.madurodam.nl/?lang=1.

Madurodam foi criada por um homem que perdeu o filho (George Manduro) na guerra, juntou esforços com jovens, e construiu um mundo holandês. Ali há de tudo um pouco, ou seja, tudo que é importante para a Holanda, não importa se em Amsterdã, Haia, Rotterdam. Grande parte  com movimento, sons apropriados (o barco e o trem apitam; no show de rock há barulho de público e o show em si; na frente de uma igreja há o clique da máquina, o espoucar do flash, o coro cantando, etc.), e detalhes incríveis: em alguns imóveis o teto é transparente e se a gente olhar lá dentro tem bonequinhos sentados, de pé, como se estivessem em atividade, vivendo a vida do holandês. De fato, uma realização e uma homenagem e tanto!

Volta para casa, menos traumática do que imaginei.  Cheguei no hotel só depois das 20h. e amanhã tem muita coisa ainda para fazer. Então, Morfeu aí vou eu!

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/DeftHaia12052010?feat=directlink

Por partes, que hoje a coisa foi punk

Bem, a greve de lixeiros continua.  Vejam nas fotos a maneira original que têm por aqui de "eliminar" o problema, como comentei anteriormente.

O dia segue em dois posts, pois foi punk (ds 9h30 até 20h) non-stop e com coisas bem diferentes.

Parte I - Hermitage de Amsterdã e Museu Willet-Holthuysen.

O Hermitage veio para cá em meados do ano passado.  Mas não precisam se encher de júbilo porque o que acontece por aqui são exposições temporárias. Afinal, o acervo continua sendo de ou pertencendo ao Hermitage - Rússia.  O que aconteceu é que havia uma grande parceria entre curadores de lá e de cá, e calhou de um imóvel grandioso, que antes servia de abrigo a idosos e doentes, ficar com a administração pública. O imóvel foi todo recuperado e passou a servir como Hermitage in-house (http://www.hermitage.nl/en/).

Claro que continua sendo um achievement e tanto, só que ainda meio limitado. Digo isso porque o prédio é magnífico, grandioso, e poderia, isso sim, abrigar várias exposições temporárias ao mesmo tempo. Mas a coisa ainda é recente, não deu nem um ano, e deve expandir com certeza.  A lojinha é uma loucura...tem tudo lá de S. Petersburgo! E tem muito público, muito mesmo.

A exposição que vi foi Matisse a Malevich. Mais de 100 obras de Matisse, Picasso, Kandisnky, Derain e outros.  Nota-se também o empreendedorismo de Shchukin, à época responsável pelo Hermitage.  Como corriam atrás dos grandes artistas para levar suas obras para o museu!  E como tinham fundos para isso também!

A exposição está lindamente montada, e o audiotour é muito bom.  Entrada Euros 15 e audiotour Euros 3.  O lugar vale a visita, bem como a qualidade das obras que expõem ali. Vi os folders de algumas exposições que já passaram por lá e, realmente, parecem ter sido excelentes.

O dia hoje estava terrível. Já pela manhã frio e chuvisco.  Depois passou a frio fortíssimo, cortante, com e sem chuva - para variar e não cair na rotina, claarooo!  Mas que fazer...havia muito a conhecer.

Fui ver um museu que mostra uma casa holandesa (aristocrata) tal qual era em meados do século XIX. Uma casa bem bonita, cheia de escadas (oooh, surpresa!), mas, desta vez, pelo menos os degraus são larguinhos, cabe o pé direitinho, sem que a gente precise andar feito pato.  As porcelanas estão intactas, bem como boa parte do mobiliário.  O jardim, atrás da casa, é um capítulo à parte. Muito bonito!  Os Willets eram pessoas de dinheiro, que tinham inclusive uma segunda casa em Paris. Usaram muito de seus meios para comprar coisas de qualidade (tem porcelana Meissen (http://pt.wikipedia.org/wiki/Meißen) de monte), muitos móveis antigos, quadros e outros objetos de arte. A casa tem três pisos e todos estão muito bem conservados, inclusive o revestimento do piso (madeira ou tapete).  Muito interessante ver como vivia a alta burguesia holandesa no século XIX.

Depois, momento "rango".  Voltei para a Rembrandt Plein, praticamente meu segundo lar de tanto que gosto dali.  Fui conhecer o 3 Sisters Pub. Um restaurante enorme! Acho que o maior da praça.  Bem escuro, móveis pesados, tudo acarpetado, luminárias tipo arandela, atendentes moderninhos, música boa.  Pedi sopa, para aplacar o frio, e um lamb stew (vem com arroz e saladinha).  Estava tudo muito bom.  Pratos + coca, café, serviço, Euros 20.

Aí peguei o tram 9 para começar a segunda parte da jornada.

Fotos da parte da manhã:
http://picasaweb.google.com/miriamkeller/HermitageWilletsMuseu12052010?feat=directlink

Mais alguns comentários aleatórios

  1. A batata daqui é ótima!  Frita sobretudo! Deve ser a qualidade do produto. Acho que é melhor do que na Alemanha. Supermacia por dentro e bem crocante por fora. Até nos fastfoods é assim;
  2. por falar em fastfood: o que tem de monte é BurgerKind, MDonald's, menos. Starbuck's não vi nenhum, o que é uma pena, pois gosto bastante. Os de Hamburgo eram ótimos;
  3. o cumprimento informal é Hoi /hui/ -o h é como um r aspirado;
  4. já vi dois restaurantes argentinos por aqui (comi em um no domingo),mas nada referente a brasileiro. Engraçado, pois aqui tem brasileiro de monte (turistas);
  5. ninguém usa capacete para andar de bicicleta. Já vi usando no caso de motinho, lambreta, mas com bici ninguém.  A prioridade aqui é ciclista, pedestre, carros/ônibus. Vai ver que é por isso. Mas é preciso lembrar que, diferente do que ocorre na Alemanha, as ciclovias aqui são "inconstantes", i.e., uma hora tem, outra hora não tem e vira uma miscelânea só;
  6. já vi algumas pessoas, com cara de imigrantes, entrando em restaurantes e perguntando sobre trabalho. Num pub a que fui hoje até pediram para deixar os dados, em outros que observei quando estava almoçando no domingo, aqui pertinho do hotel, só dizem que não têm nada. Dureza!
  7. ontem vi no centrão um realejo gigante como o que vi no Keukenhof.  Menos cuidado, mas tocando umas musiquinhas bacanas e com uma decoração diferente do outro;
  8. o turista por aqui ou é jovem (entre 20 e 25 anos) ou é velhinho (mais de 70), sobretudo de países eslavos ou línguas igualmente guturais. Há tantos, até com dificuldade de locomoção, que só posso imaginar que têm algum benefício em preços passagem, hotel, etc.  E se nota que são pessoas que não têm muito dinheiro, gente que trabalhou duro e está aproveitando agora  para viajar.  Interessante!
  9. podem ter certeza, depois de Amsterdã, nunca mais olharei para uma escada do mesmo jeito...
  10. em Hamburgo, havia containeres para lixo reciclável em cada esquina, nos conjuntos residencias. Aqui, além da sujeirada normal + a provocada por greve de lixeiros, nem sombra de qualquer lugar mencionando reciclagem.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Agora vai!

Garavei uns comerciais para vocês sentirem quanta arte, coragem e garganta é preciso para se falar esta língua. Admirável...
http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Tvholandesa11052010?feat=directlink

Mais algumas curtinhas

Talvez até vá me repetir, mas não dá para reler tudo que já escrevi agora, e de vez em quando me lembro de coisas que acho interessante mencionar.  Então, paciência, pls...


  1. A tal greve continua. Engraçado que em alguns lugares alguém colocou sacos grandes de lixo para encobrir as lixeiras transbordandos. Tipo, faz de conta que não está aí...hilário;
  2. espero que não comecem a aparecer ratos e baratas por aí. Afinal com tanto lixo por tantos dias...mas aqui é mais fácil ver gatos do que cachorros.  Parece que é a preferência do pessoal da cidade - parece que justamente tudo começou para combater ratos, devido ao porto, navios, pragas, etc.;
  3. agora já estou íntima do Tram 9, mas o gozado é que nos pontos tem lá o número do tram/bonde e horário em que ele chega ao ponto. Vindo da Alemanha, você acha que aquilo é precisão. Naadaa! É assim, você chega no ponto e está lá: Tram 9 - 9:59. Dali a pouco passa para 9:56. Como assiiiim??? Depois passa para 10:02, e assim vai. Eles vêm rapidinho, mas é meio loteria, não tem nem de longe a precisão do transporte alemão.  Mas os bondes, pele menos, são confortáveis, limpos, silenciosos.  Não andei de ônibus, mas parecem bem novos, portanto também devem atender bem à população;
  4. nos restaurantes ninguém, absolutamente ninguém, que lida com comida usa touqinha, luva, o que seja. E os que preparam bebidas, arrumam pratos, e servem, muitas vezes, são os que cobram, mexem com dinheiro. Melhor ignorar...
  5. na Alemanha como aqui, como mencionei em 2008, um mísero guardanapo. Não há porta-guardanapo na mesa.  Tem de pedir mesmo se quiser mais que um. Uma coisa...
  6. os banheiros daqui são bem mais sujinhos do que na Alemanha. Em lugares como Burger King, cobram Euro 0,50, mas dá para usar tranquilo, são bem mantidos;
  7. em 2008, que me lembre, havia certa dificuldade para aceitarem cartões de crédito na Alemanha. Desta vez foi bem mais fácil.  Aqui também aceitam bem, até para museus;
  8. é difícil encontrar caixas automáticos por aqui.  Não tem um tipo 24 horas que atende todos os bancos, cartões.  Só dentro de alguns bancos é que se pode sacar dinheiro.  Na rua ficam expostos demais;
  9. a qualquer lugar que for, peça mapa do local. É improtante para não deixar de ver nada,e.g., De Hortu, Keukenhof, etc.;
  10. e esqueci de comentar: quando cheguei no aeroporto de Hamburgo, para pegar o carrinho para malas é preciso depositar Euros 0,50 num slot no próprio carrinho, senão ele não libera/andar. Como assim? Quem tem moeda e nesse valor chegando de um país estrangeiro, vide euzinha?  Em compensação, no de Amsterdã os carrinhos são totalmente liberados, e olha que o Schiphol é monstruoso, tem milhões de passageiros, de carrinhos, etc., ent]ao deve ter quebras, perdas, mas mesmo assim não cobra pelo serviço.  Deve recuperar de outro jeito, como todos os aeroportos podem fazer.  Não dá para entender esse dificultador em Hamburgo e em outros lugares do mundo.

Outro dia de coisas bonitas e interessantes

Bem, hoje queria ver o Jardim Zoológico daqui.  Só curiosidade mesmo. Cheguei lá (com meu bondinho 9 - já estamos íntimos!) por volta de 10h20. Uma fila colossal. Acho que todas as mães e pais de folga levaram seus filhos hoje no zoo.  Inacreditável!  Já àquela hora!

Como tinha outras coisas para ver por ali, pensei: depois eu volto. Vai estar mais vazio, perto da hora do almoço.

Vocês verão nas fotos que hoje fez sol, mas estava um gelo. Para aquecer só mesmo no sol (por um bom tempo) ou no interior de restaurante, tram, museu.

Primeira parada: De Hortus (http://www.iamsterdam.com/en/placestogo/hortus-botanicus-amsterdam---de-hortus/effe9d70-0d7b-4f10-812d-5c047f2fe617), o jardim botânico daqui.  Um lugar lindo, muito bem estruturado, todas as plantas têm indicações de espécie, origem, características, etc.  Há alguns pavilhões em que reconstituiram microclimas ou microecosistemas.  O Hortus data de 1638.  Começou como um lugar de pesquisa de plantas curativas; durante os séculos 17 e 18, com a expansão da Cia. das Índias, recebeu muitas plantas já de caráter ornamental, e aí se transformou rapidamente.  Inicialmente, as plantas eram dispostas por similitude (o que se parecia com o que), depois (hoje) as plantas são dispostas por semelhança genética.  Para isso, seu grande mentor, Hugo de Vries (homenageado por todo lado), desenvolveu pesquisas, muitas. Foi até convidado pela cidade de NY para trabalhar para a municipalidade de lá.  Para não perdê-lo, Amsterdã realizou vários dos projetos que ele pleiteava, e.g., pavilhão das palmeiras (Palmhouse).  O jardim botânico não é dos maiores, mas usa proficuamente todo seu espaço. O número de espécimes é impressionante.Tudo é muito bem mantido. Houve interferências recentes para recuperar espaços que estavam deteriorados.  Uma delícia caminhar por ali, dispender umas horinhas, e depois tomar um café no lindo restaurante que têm por lá.

Depois fui procurar o museu que fica na antiga sede do sindicato dos trabalhadores em diamantes.  Só que está fechado, em reforma. Para o próximo, então.

Museu da Resistência Holandesa durante a Segunda Grande Guerra. Ah, sim, antes passei pela entrada do zoo. Mais fila ainda do que antes. Depois eu volto.

O Museu da Resistência é muito interessante. Além de uma interatividade fantástica - melhor até do que a da Oca, do Museu da Língua Portuguesa, de que eu tanto gosto. Uma surpresa muito agradável! -, o número de documentos, pertences pessoais que há ali é de deixar a gente tonta.  Minúcia, minúcia, minúcia...contam a história da resistência holandesa de 1940 a 45. E como havia estudantes, e como havia pessoas de boa idade (mais de 70 seguramente) levando crianças e jovens. Interessante!  A Holanda também se penitencia, pois apesar de ter acolhido os judeus desde a formação do país, sobretudo em Amsterdã, aqui os que aderiram ao nazismo somaram quase 10% da população do país,o que não é pouco. Houve manifestações grandiosas contra o regime nazista, mas houve também muito colaboracionismo.  O que se vê aqui não tem a mesma proporção ou tom do que se vê pela Alemanha, mas ainda assim é marcante. Mea culpa, mea culpa!

O museu é muito interessante. Além da exposição principal, havia outra de um desenhista/caricaturista, Fritz Behrendt (http://www.iamsterdam.com/en/productions/fritz-behrendt-wartime-drawings/68f260f1-b7c3-10cf-3cccee4b3db6f890), ótima.  O homem era brilhante!

Última tentativa de ir ao zoo: fila, fila, fila...

Peguei o 9 e fui ao centrão.  Dei um rolê no shopping bacana que vi domingo (é bonzinho, vale mais pelo prédio em si, antiga sede dos correios da cidade), e almocei ali.  Comi um kwekkboom (tem várias casas disso aqui); na verdade é um croquetão com mais batata que carne. Veio com pão, uma saladinha, mostarda e manteiga. Bonzinhho - aliás, aqui toda comida é boazinha, e só.  E lá se vão Euros 16 pelo prato, uma coca, um expresso e o serviço.  Uma cosia interessante é que são ruins de sobremesa por aqui. Ninguém tem cardápio de sobremesa.  Um ou outro lugar oferece sorvete, mas não tem nada no cardápio especificamente como sobremesa. Além disso, é uma misturança geral: como ficam abertos direto, servem café, almoço, lanche, jantar, se pode, em princípio, pedir qualquer coisa a qualquer hora. Para os meus atuais horários desregrados, é até bom.

Depois fui a uma casa de um fabricante de queijos que o guia do tour de domingo mostrou. É um queijo artesanal, premiado.  Você pode degustar os queijos (vários) com uma ou duas taças de vinho por Euros 10, quase todos os dias.  Eu degustei alguns, com um pouco de vinho, mas para comprar, tanto que nem me cobraram o vinho (aliás os, porque me serviram dois para sentir a diferença dos queijos).  É o Reypenaer (http://www.wijngaardkaas.nl/en), premiadíssimo, e uma delícia mesmo.  Agora é só juntar um vinho em casa...e pronto!

Aí dei uma boa caminhada pelo centro, tomei um cafe latte com croissant (finalmente achei um de chocolate) e fiz ums visita-relâmpago à C&A. Minhas amigas sabem que adoro as coisas da C&A.  Em Hamburgo havia uma mega, mas não deu tempo de visitar. Aqui dei uma passadinha. Tem 4 andares, uma variedade enlouquecente, e mais, tamanho, tamanho, tamanho para mim, afinal o pessoal daqui é grande! Bem, comprei só uma camisetinha, mas vi coisas bem baratas que seriam interessantes, mas não dá para carregar, senão minha mala vai estourar,e ainda tem mais dois dias aqui.

Aí peguei meu amiguinho tram 9 e voltei para a Rembrandt Plein. E fui visitar o Tuschinski Theatre (http://en.wikipedia.org/wiki/Tuschinski), que fica bem pertinho do hotel. Genteeee, aquilo é uma coisa!!! Um teatro que virou cinema também. Construído em 1921 com o melhor da arte deco e arte nouveau, foi restaurado há uns 8 anos.  A sala 1 é a mais grandiosa, especial, então era essa que eu queria ver. Já estava disposta a assistir a Alice de novo, ou a outro filme qualquer só para ter acesso à sala. No que fui perguntar o que estava passando na sala 1, pois gostaria de vê-la, a recepcionista simpaticamente me disse: se é só para ver, pode ir. A senhora teve sorte. A sessão anterior acabou e a de agora ainda leva uns minutos.

Uauuu, fui correndo!  É impressionante! Não tirei fotos - só da fachada, está no link abaixo - porque não vou abusar também, né?  Minha máquina tem flash, então não queria incomodar as pessoas que estavam lá. O fato é que é uma megassala, com poltranas confortáveis em tecido imitando veludo (vermelho), uma tela/um palco enorme, galerias, camarotes, a decoração no teto, nas paredes é indescritível. Riquíssima! Os lustres...afe!!!! Aproveitei para dar uma andadinha pelos corredores entre as salas. Tudo muito, muito art deco+nouveau. Uma misturança só, mas grandiosa! Impressionante! Vejam algumas imagens internas neste link do Google: http://www.google.com/images?q=tuschinski+theatre&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=Z3jpS5HlFMevOJye5IcL&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CD8QsAQwAw.

Bom, agora vou descansar porque amanhã tem muito mais.

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Hortomuseuresistqueijotuschinski11052010?feat=directlink

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Que venham as flores!


Bem, o dia amanheceu feioso, mas sem chuva. As previsões eram de sol, com temperaturas baixas.  Acertaram uns 20%, porque lá pelas 12h abriu um solzinho, pelo menos onde eu estava, que durou uma hora se tanto.  Depois fechou de novo, ficou preto, mas não choveu. No entanto, a temperatura despencou.

Mesmo assim, o dia foi ótimo, pois visitei o Keukenhof (http://www.keukenhof.nl/index/en/), um parque de flores a uma hora de Amsterdã, de onde saem aquelas fotos bacanas de flores (tulipas, narcisos, lírios).

No link estão fotos e filminhos de lá (http://picasaweb.google.com/miriamkeller/HaarlemKeukenhof10052010?feat=directlink).

Apesar de já ter visto tantas fotos por aí do lugar, estar lá é indescritível.  A gente não sabe para onde olhar de tantas coisas lindas.  Um lugar imenso (dizem que dá 40 campos de futebol), superorganizado, com paisagismo lindíssimo.  Há vários pavilhões em que há exposições, todos com nome dos membros da família real.  A gente anda, anda, anda e continua se supreendendo.

Peguei uma excursão (Euros 33 que inclui ônibus, guia polilingue, ingresso para o parque) da Lindbergh. Um horror!  O ônibus ok, a guia também (uma senhora simpática, falando em inglês, espanhol e francês, sem embolar), mas a empresa em si é uma queca. Em primeiro lugar, quando se faz a reserva via internet, na confirmação vem uma série de pick-up spots.  Havia dois pertíssimo do hotel em que estou.  O dono do hotel em que estou (P. Marsh) me disse que achava melhor eu ir até a empresa (fica a uns 20 minutos de caminhada daqui, e dá para ir com o tram também); mas, como liguei ontem e me confirmaram o picl-up no Carlton, pertinho daqui, preferi arriscar.  E não deu outra: não teve pick-up nenhum, liguei para lá e a moça que me atendeu disse que estavam passando, enfim um lio total!  E eu soube por outros passageiros que isso aconteceu com eles também e estavam em outras regiões da cidade.  Uma bagunça!

As estradas próximas a Amsterdã são excelentes, então a viagem foi bem tranquila.  Só que a guia disse que o tal Giro d'Italia passaria por Keukenhof hoje, o que poderia complicar a chegada. Afe, essa gente não vai mais embora daqui? (Disseram-me que hoje é o último dia deles aqui na Holanda, vamos ver).

Chegamos ao parque e foi combinado encontro para ir embora às 13h, num ponto de encontro próximo à saída.  Eram 10h40 aprox.

O parque é um deslumbre!  Tem uma estrutura excelente: muitos banheiros, restaurantes, cafés, lojinhas de souvenirs, expositores diversos. Agora, as flores é que são alguma coisa!  Os números divulgados são: 700 milhões de bulbos-ano, sendo que 90% do produto mundial é fornecido por aqui.  A visitação vai de meados de março até meados de maio (neste ano até 16/5). Quando vêm as flores, elas são cortadas para que o bulbo tenha força, gere bulbos-bebês.  Tudo chega ao ponto certo em setembro, e as exportações começam em outubro.  A Natureza é um relógio!  Pelas fotos e filmes vocês poderão ter uma ideia do que é aquilo.  Mas só vendo de perto mesmo, sentido os cheiros, só estando lá.  Meu passeio era de 4,5 horas no total e foi o suficiente, já que o dia estava feio/frio. Se estivesse bonito, teria de ser o passeio de 7 horas mesmo.

Fiquei muito contente de poder ter conhecido o parque (por meu roteiro original, incluindo Noruega e Dinamarca, isso não seria possível, pois chegaria no dia do fechamento do parque). Algo para guardar na memória por toda a vida.

Algumas observações: o restaurante que escolhi para comer alguma coisinha no final do passeio, antes de pegar o ônibus de volta, foi terrível, tanto que acabei saindo sem comer, pois demoravam muito para atender (havia uns 6 ou 7 garçons, mas só 3 podiam pegar os pedidos,e lotadíssimo. Um caos!).  Preferi tomar um sorvete, que estava muito bom, para aguentar a viagem de volta (uma hora).

Na hora combinada, estávamos todos no ponto de encontro, menos o ônibus e a guia. Sei lá o que houve (os ônibus deixam as pessoas ali e vão pegar outros grupos).  Outro guia, que tinha lugar no ônibus, carregou umas 30 pessoas (eu dentre elas).  A notícia era de que o ônibus+guia chegariam dali a pouco, mas vai saber. Sei que saímos de lá 13h30 e nada dos dois aparecerem.  Ficaram umas 15 pessoas para trás.

O guia que nos trouxe também falava as 3 línguas, e era muito simpático.  Chegamos bem, por volta de 14h40. Aí peguei um tram e vim para perto do hotel, onde almocei.

Ah, sim, de manhã quando fui voando para o endereço da Lindbergh,várias pessoas chegavam à agência para fazer os passeios (vou fazer o de Delft e Haia com eles na 4a. Ai, haja paciência...) mas estava tudo lotado.  Parece-me que há algumas poucas agências grandes que dominam o mercado, por isso eles podem se dar ao luxo de ser tão ruins. E na 4a. não tem conversa, vou sair cedo e ir direto ao endereço deles com o tram.  Já me localizei bem com o transporte daqui, então não terei problema.

Quanto ao almoço, como queria provar outra cerveja, fui de novo ao Irish Pub.  Apesar de ter andado de montão, como havia tomado o sorvete (aqui é bem massudo), não estava com muita fome.  Vi um negócio que me pareceu interessante eggs with beans and bread.  Pensei: será que esse negócio dá certo?  Era um prato barato também, então vamos lá.

Tomei uma Bavaria (ontem tinha tomado uma Heineken no restaurante argentino) para acompanhar.  E lá veio o prato: dois ovos fritos (enormes! acho que eram de avestruz) no meio de duas fatias grossas de pão tostado, com feijões brancos em um molho ralo, mas bem saboroso, de tomate jogado por cima do sanduíche, e em volta dele, ou seja, montes de feijões. Uma visão não das mais agradáveis, mas não é que o negócio combina?  Para o tempo frio, para uma fome mediana, é uma ótima pedida. E bem saboroso mesmo, podem acreditar.

Bom, depois descansar, porque foi uma andança de quase 2,5 horas no parque (mesmo não parando não dá para ver tudinho, mas dá para ver uma grande parte) e outra para pegar o tram para chegar ao hotel (os pontos de tram e ônibus são bem distantes por aqui).  Amanhã vou andar de monte pelo que estou planejando ver. E tem muita coisa interessante que não conheço ainda.

Mais curtinhas

  1. Minha prima, que conhece várias cidades da Alemanha, passou por Munique desta vez e achou que é bem igual a Hamburgo. Ela conhece bem mais Hamburgo do que eu. De todo jeito, ainda me ficou a impressão de que gostei mais de Hamburgo do que de outras cidades alemãs por que passei. Vai ver porque fiquei mais tempo em Hamburgo. Pode ser;
  2. as casas em Amsterdã são tão estreitas e têm vários pavimentos porque, por volta de 1700, fizeram uma lei taxando a largura das casas.  Aí apareceu aquela da foto de 1,8m, por exemplo;
  3. nunca comprei pilhas tão caras na vida.  Em todo lugar elas custam acima de Euros 6/7;
  4. por toda Amsterdã, como relatei em 2008, há "xiximódromos": cabines em que homens se enconstam, de costas para a rua/calçada, e se aliviam.  Isso dá um cheirinho ótimo!  Além do que, como estão normalmente meio ébrios, saem se arrumando, de pênis para fora. Uma coisa!
  5. o lixo continua por todo lado em Amsterdã. Aqui na frente, na praça, não sei se os próprios negócios ou se a prefeitura, fez montanhas do que estava espalhado (sacos de lixo e o que estava pelo chão) e cobriu.  São montes e montes cobertos por plásticos, lonas, etc.  No resto da cidade está tudo espalhado ainda;
  6. soube ontem que o vulcão islandês continua fazendo das suas.  Por aqui nenhuma palavra, tanto que soube por fontes brasileiras;
  7. agora pouco, ao almoçar aqui perto, vi um casal americano tentando um hotel para amanhã. Fizeram umas 20 ligações enquanto eu almoçava, já estavam lá antes, e lá continuaram. Todos os hotéis estão fully booked;
  8. o tal Giro D'Italia vai embora hoje da Holanda (graças!);
  9. estou até com receio para o futuro: subindo e descendo tanta escada todo dia, será que não vou ficar com abstinência escalatória??? Sei lá...
  10. Ah, e os próprios holandeses fazem piada, mas aqui em Amsterdã várias mostras do espírito pragmático deles, sobretudo ao nomear locais: The Old Church, é a mais velha igreja; The New Church, é a mais nova; Amsterdam = o dique do Amstel (nome do rio); The Old Market é diferente do The New Market; The grand canal e The little canal; The Dam = o domo, por que só tem um, e por aí vai.  Claro que podem fazer isso porque a cidade é relativamente pequena e há um ou dois "espécimes" apenas de cada coisa.  Mas não deixa de ser bem simples/pragmático;
  11. ontem, o dono do hotel, ao me ver pela manhã, me cumprimentou e perguntou se eu queria chá ou café ou café com leite. Pedi café com leite. E estou achando que ele está sendo gentil. Hoje, de novo. Aí, eu, tolinha, digo: pode deixar que eu mesma pego, não se preocupe. Resposta (óbvia, né, Miriam): não, isso eu faço sempre, porque senão as pessoas não tomam cuidado, espirram café, sujam tudo...vivendo e aprendendo.

domingo, 9 de maio de 2010

Curtinhas

  1. Os donos de pequenos negócios, pequenos mercados, são todos morenos, ou indianos, ou da vizinhança de lá, ou do Suriname; enfm, eles dominam a área;
  2. há muitos chineses também.  E várias casas que oferecem Chinese massage.  Estou tentada a experimentar. Vamos ver se vai dar tempo;
  3. a tv é bem variada.  Tudo de fora passa no original (inglês, sobretudo, francês), e é tudo legendado;
  4. a free tour existem em várias capitais. Se for viajar, cheque o site www.neweuropetours.eu;
  5. para que tenham uma ideia do que é a língua (holandês) daqui, vejam o link. É de doer...
http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Tvholandesa?feat=directlink

Amsterdã é assim...


Até eu já incorporei o bordão: Amsterdã é assim!  Você está em Amsterdã!  Em Amsterdã tudo pode acontecer...e por aí vai.

Retrocedendo um pouco: a sujeira toda pela cidade é por conta de greve de lixeiros.  Além da turistada, do tal Giro d'Italia,é final de semana, o que contribui mais ainda para o emporcalhamento da cidade.  Vejam foto no link.  Um horror!

Mas você pensa que o morador local faz careta, torce o nariz? Naadaaa, passa como se não fosse nada demais, e joga mais lixo.  Não vi um cristo com uma vassourinha ou pazinha, pelo menos para recolher a sujeira na porta de casa, na porta do seu negócio. Nadaaa...imagine se isso acontece na Alemanha. Jamais!!! Mas, mesmo com esta bandalheira, ainda assim Amsterdã mora no meu coração.

Hoje peguei o tour gratuito (igual ao que fiz em Hamburgo em 6/5).  Foram 3 horas, com uma microparada de 10 minutos.  Andamos aproximadamente 4 km. O guia hoje era o Mason, um neozelandês que ganha a vida com esses tours.  Muito divertido, inglês bem claro, mas falando numa velocidade alucinante (como a Kim de Hamburgo), para poder passar todas as informações. Parece-me que a condição para esses rapazes e moças fazerem isso é ter boa memória, aliás ótima, pois dizem o texto muito bem (passei por outro grupo quando terminamos - o nosso saiu antes para tour, por isso terminou antes), têm de dizer as piadas naturalmente, têm de ser simpáticos, etc. etc. Não é fácil, não.

Mas antes visitei Mme. Tussaud's (http://www.madametussauds.com/Amsterdam/en/Default.aspx).   Oooh, coisinha meio sem graça. E Euros 21!!! Entrando, tiram uma foto da gente com o Obama. Até aí tudo bem. Ao sair a foto está lá para ser levada por Euros 9!  Nem morta!! O museu conta a história de Amsterdã com bonecos, gravações. Enquanto eu ia passando pelo tempo de horror da história (cadafalsos, cadáveres, sangue, etc.), um gajo (ator) tentou (tentou, tááá?) me assustar:primeiramente aparecendo ao lado de um prisioneiro numa cela; depois, não satisfeito, literalmente pulou aos gritos na minha frente. É brinca?  Sei não, acho que ele ficou meio deprimido, afinal nem um gritinho eu dei...Aliás há um aviso para não tocar nos atores que aparecerem durante a visita. Na verdade, o mais interessante foi a explicação que um rapaz deu de como tudo é feito.

Cada boneco custa Euros 150m, são necessários de 3 a 4 meses para fazê-los e cada um é feito por umas 20 pessoas. Além disso, contou curiosidades sobre as roupas dos bonecos, como tiram medidas, moldes de dentes, como é o processo de montagem do boneco, pintura, etc. As frescuras de algumas celebridades Tudo demonstrado muito pedagogicamente. Muito legal mesmo. São vários andares, servidos por elevadores.

E chegou a hora do free tour.

O tour daqui é bem diferente do de Hamburgo, afinal aqui é uma cidade turística essencialmente. Deu-me a impressão de que, diferente da outra cidade, em que têm uma parceria forte com a Starbucks, aqui isso não existe. Aliás, não vi nenhuma Starbucks por aqui, mas sei que tem.

Formaram-se dois grupo de 30 e 40 pessoas para inglês, e um de umas 30 pessoas de espanhol.  No meu grupo havia vários australianos, uma americana, dois brasileiros, um neozelandês, ingleses, gente de outras nacionalidades que não identifiquei, mas nenhum alemão.

Percebi que várias pessoas vão ficando pelo caminho. Os motivos: (a) havia dois brasileiros no grupo e eles não conseguiam acompanhar o inglês. O entendimento, portanto, é um dos motivos; (b) as pessoas cansam  - tem de andar bastante; (c) como 80% é de jovens entre 20 e 25 anos, muitos perdem o interesse pelo aspecto cultural do tour - aliás, fiquei surpresa com algumas coisas que alguns desconheciam; (d) tem gente que não quer por a mão no bolso, então se desliga do tour antes de dar a "tip" para o guia. O tour de hoje foi tão bom quanto o de Hamburgo. Montes de informações interessantes, além de chamar atenção do meu olhar para coisas que não tinha notado em 2008.  O guia foi muito divertido o tempo todo. Valeu a gorjeta.  Tantas informações interessantes! E passear pela cidade de uma forma organizada é muito legal! Tem muita coisa para ver.

Têm um passeio pelo Redlight District. Vamos ver se me animo a fazer. Não que seja a minha, mas parece que há informações interessantes.Hoje por exemplo, só tinha uma moça se oferecendo, mas ficamos sabendo que:

  • a prostituta mais nova tem 18 e a mais antiga 83;
  • as moças alugam as vitrinas por Euros 50 a 100 por 8 horas, e faturam Euros 50 por 15 minutos. Nesses 15 minutos estão incluídos o freguês tirar e por a roupa (dele), banho, então sobra uns  10 minutos.  E se houver pedidos especiais, tudo é cobrado a parte. Ou seja, um bom negócio para as meninas;
  • não se pode tirar fotos de jeito nenhum, ou elas saem peladas mesmo correndo atrás do fotógrafo e chegam a destruir câmeras.


Bem, rodamos desde o Domo até o sul de Amsterdã. Muita, muita gente a partir de umas 13h (o tour começou às 11h30 - era para começar às 11h15, mas estamos em Amsterdã, oras!)

Deu para fortalecer a ideia do empreendedorismo, do pragmatismo da gente daqui. Foram potência por dois séculos pelo menos, até que os ingleses passaram à frente.  E não há dúvida, eles são mesmo é business men.  Pagou, tem possibilidade de lucro, é com eles mesmo. Tal como Hamburgo, é uma cidade aberta a todos, desde que venham para trabalhar, para ganhar dinheiro, para agregar.

Depois do supertour, fiz umas compras (encomendas) e fui comer algo. Como estava cansada e amanhã tem tour para ver as flores, preferi ir para perto do hotel. Comi num"argentino". Bonzinho.  Aqui a comida é bem mais cara do que em Hamburgo e bem menos generosa. Cidade turística é assim, né? Aproveitei para ver uma feirinha que se instala aos domingos na frente do hotel. Tinha umas pinturas bem bonitas, mas tudo muito caro a meu ver.

Ah, aqui pedem toda hora para a gente ter cuidado com os batedores de carteira (pickpocket).  Parece que a turma é da pesada por aqui.

Vejam as fotos no link:
http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Amsterda08052010?feat=directlink

Considerações iniciais sobre Amsterdã

  1.  um mar de bicicletas. Eu não me lembrava de que eram tantas. Comparado a Hamburgo, por exemplo, umas 100 vezes mais, acho.  Uma bagunça: andam por qualquer lugar.  Os carros têm de ir devagar pois pedestres e bicicletas têm prioridade.  A velocidade também deve ser baixa, pois há ruas estreitíssimas para os carros;
  2. muita sujeira, mas muita sujeira mesmo. Não só lixo jogado no chão (papel, plástico, cigarros) como sacos e sacos de lixo empilhados. Talvez por ser fim de semana, e o lixeiro não passar. Vamos ver agora cedo como está a situação;
  3. ontem, quando cheguei ao hotel, perguntei à mocinha de recepção (oriental blasée) para que lado ficava o Amstel em relação ao hotel (direita ou esquerda). Sabendo onde fica o Amstel você já se localiza em Amsterdã.  Eu tinha quase certeza que era à direita saindo do hotel, mas....Vocês sabem que ela teve de pensar? E ela mora aqui (em 2008, quando vim para cá, ela já estava aqui), na verdade estamos a uns 200 metros do Amstetl se tanto. Aliás, ela pegou um mapa...Afeeee...
  4. não precisei ligar aquecimento. Não está tão frio por aqui, mas é tudo muito bem isolado termicamente. Dormi bem, agora é pé na estrada.

sábado, 8 de maio de 2010

Amsterdã, estou de volta!

Bom, ainda não tem foto, mas vai ter com certeza.

Saí cedo da casa da Carolina e do Fábio (obrigada por tudo de novo!).  Chamaram um taxi (Mercedes Benz, claaroo!) que chegou rapidinho. Quem dirigia era um indiano.  Simpático, me ajudou com as malas, sem resmungar.

Fiz meu check-in tranquilamente. Era cedo e a KLM é totalmente automozatida. Muito, muito fácil!  Dei uma olhada no free shop e fui para a sala de espera. Tomei café com leite e comi um croissant, e aí foi só esperar pelo voo.Punktlich saímos para Amsterdã.

Cheguei aqui no horário.  Mas o Schiphol é graaandeee.  E toda vez, se eu embarco ou desemnbarcode um lado, as malas estão de outro. Têm sido sempre uns 10 minutos de boa caminhada.  Peguei minha bagagem e fui para o Meeting point. Queria pegar um mapa novo no quiosque de informações turísticas, mas estava uma loucura!  Montes de gente. Então fui me encontrar com o motorista que o hotel acertou para mim.

Demorou um pouco para nos acharmos, mas tudo bem.   O caminho do aeroporto até o centro de Amsterdã, onde está o Hotel Imperial (http://www.imperial-hotel.com/) dá, sem trânsito, uns 30 minutos, mas havia bastante trânsito (menos que em 2008, quando a coisa parou devido a um acidente).  Chegando à cidade o motorista informou (ele preferia falar em francês a inglês comigo) que havia um problema e que não poderia me deixar no hotel.  Como assiiiiiiimmmmmmmm??!!!  E eu com minha mala, já pesadinha, uma sacola de mão (montes de chocolates alemães), a frasqueira e a bolsa. Eu estava preparada para subir lances de escada com a bagagem ao chegar ao hotel, mas não para caminhar pela cidade com ela.

Ele disse que haviam fechado várias ruas devido ao Giro d'Italia (http://www.steephill.tv/giro-d-italia/), que passaria hoje por Amsterdã.  Já estava tudo fechado (eram umas 13h30) e ficaria assim até 19h.  De novo: como assimmmmmmmmm??!!!  Não sabia se chorava, ria de nervoso...enfim.

O taxista tentou por quase 40 minutos achar um jeito alternativo de me deixar perto do hotel, mas os policiais diziam que não dava, que não havia jeito. Os controladores de trânsito(CET daqui) idem.

Na verdade, a cidade ficou dividida em duas partes, ou mais, e não deixavam ninguém passar de carro ou a pé. Isso, a pé!! Quem estava de cá só podia passar para lá por uma passarela de madeira: 20/25 degraus subindo, passarela, 20/25 degraus descendo, e isso quando havia o viaduto, senão não havia como penetrar pelo círculo que delinearam para a corrida.

Num dado momento, creio que percebendo meu estado, o motorista disse que estacionaria o carro e me acompanharia até o hotel, com as malas, claaarooo...

Bem, ele teve de deixar o carro numa garagem, pois não se podia parar pelas ruas. Dali caminhasmo 2km, (isso mesmo) 2 km, até o hotel carregando as malas (minha mala é boa mesmo, aguentou tudo sem tremer...).  Mas os 2km não são o principal, o prinipal é que  nós estávamos de um lado da cidade e o hotel do outro. Portantoooo...20/25 degraus para cima, passarela, 20/25 degraus para baixo com as malas!

Um negócio desesperador. E mais, em vez de ter uma fila para organizar a passagem pela passarela, não, um amontoado incrível de gente.  Era assim: um guardinha segurava a turba (tinha gente saindo pelo ladrão por todos os lados), deixava umas 200 pessoas subirem, atravessarem a passarela, descerem, aí liberavam do outro lado mais 200 para fazer o mesmo. Nesse momento, pensei até em pedir para o taxista deixar minhas coisas ali num canto, que eu esperaria e iria depois para o hotel. Mas ele não quis conversa: vamos atravessar. Então lá fomos nós abrindo caminho numa multidão tipo Festa da Virada do Ano na Paulista, 25 de Março, e por aí vai.  Já do outro lado, sãos e salvos, e exauridos, mais dois quarteirões (bem loongoooos) e estávamos no hotel.

Dei uma gorjeta boa para o motorista, afinal ele não precisava fazer tudo o que fez. Só faltou ele me carregar no colo (e vejam que eu sou grandinha pra isso); agradeceu muitíssimo e se foi (2km para chegar até a garagem para pegar o carro).

Subo com minhas malas até a recepção do Imperial. Tudo tranquilo, uma gente blasé(como em 2008), mas tudo bem, tudo funcionando.  Aí, a última supresa do dia (graças, senão meu coraçãozinho não aguentaria): reservaram um quarto enorme para mim...mas onde?? No último andar!! Isso, e eu, depois de kms carregando a bagagem, tinha de subir dois lances de escada tortuosos.  Mas Deus é grande e eu consegui! O dono do hotel ofereceu-se para subir a sacola e a franqueira quando terminasse um telefonema.  Preferi fazer duas viagens e subir tudo sozinha.

Tomado fôlego, saí para comprar água e umas bolachas (há um mercadinho próximo, do qual me lembrei) e comer algo. Pedi cafe latte, coca e um sanduíche no Irish Pub (depois volto lá para almoçar ou jantar durante a semana para provar as cervejas), fica na Rembrandt Plein. Tem muita oferta aqui (até um restaurante argentino logo ao lado do hotel), e vou experimentar conforme der.

Bem, depois de tantas peripécias, o negócio agora é relaxar, pois amanhã vou tentar fazer o passeio a pé (igual ao de Hamburgo de 6 de maio).  Vamos ver se dá. Também tem alguns museus próximos ao hotel que não vi na última viagem.  Tomara que dê para fazer tudo, e sentar, e comer, e beber, e apreciar o vaivém das pessoas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Bye, bye Hamburgo!

Bem, ontem (porque escrevo pós-meia-noite), tivemos um jantar com amigos da Carolina e do Fábio. Conheci o Roger e a Vanessa em 2008. Vieram eles e a mãe da Vanessa (Ingrid).   Todos muito simpáticos.

Aproveito para agradecer à Carolina e ao Fábio que me receberam tão bem, tão generosamente.  Foi muito bom estar aqui, ser tratada com tanta cortesia e carinho.  Foi um prazer rever Roger,Vanessa e conhecer a Ingrid.

Bom, só para terem ideia de como é a coisa por aqui, vejam as fotos do jantar no link.  O cardápio foi o seguinte:
-tapenade de azeitonas com figo seco
-patê de creamcheese com alho tostado
-compota de ruibarbo com gengibre e figo seco
-pães,camembert
-frango recheadocom mostarda em grãos, gengibre e coberto com finíssimas rodelas de limão siciliano
-polenta
-petit gateau e sorvete de creme

Muita cerveja, mas muita mesmo, whisky, coca, água, várias caipirinhas.

Tudo preparado pela Carolina com muito esmero e talento.

Tudo uma delícia!  Muuitoooo  obrigadaaaaaa!

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Jantardespedida07052010?feat=directlink

Eimsbüttel


Então, esse nome facinho é o bairro em que moram Carolina e Fábio, e onde estou hospedada. Fica a 14 minutos (vejam bem, não são 13, não são 15, mas 14) do centro com trem.  Tem tudo aqui perto: comércio (dois supermercados), algumas lojinhas, uma igreja, o trem.  Típico subúrbio alemão.  

Seguindo a dica da  minha prima, fui ver umas ruas próximas de onde estamos.  As imagens estão no link abaixo. Incrivel!  São aqueles lugares que as pessoas têm para final de semana. Há sinal, em várias das casas de que os donos estão trabalhando a terra, o jardim.  É gente que mora em outras partes de Hamburgo, em apartamentos, não têm quintal, então têm este segundo imóvel para isso,e só para isso.

Vejam o capricho das casas, dos jardins. Até a cerca viva é de um cuidado incrível.

O tempo está bem feio, mas não está chovendo, então dá para cominhar sem problemas.

Bem, meu último dia de Hamburgo, cidade de que gosto imensamente.  Agora à noite vamos ter jantar especial com amigos da Carolina /Fábio que conheci em 2008.  Pelo  menu, a coisa vai ser fantástica.  Depois foto as fotos.

Amanhã cedo vou para Amsterdã, outra cidade de que tanto gostei de a primeira vista. Vamos ver se a magia se mantém.

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Eimsbuttel652010?feat=directlink

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Continuando....

Depois de terminado o tour, fui comprar algumas coisas (encomendas, algumas coisas que eu queria para mim). Bem, após caminhar 3 horas, naquele tempinho horroroso, deu uma canseirinha.  Parei num Starbuck's (aqui têm o mesmo estilo do Balzac: classudo, tranquilo, música boa de fundo, mesmo nível de atendimento).  Cafe latte (muito bom), sanduíche e um brownie diferente.  Pronto, energia reposta, lá vamos nós.

Compras feitas (afe, não via a hora de terminar), a caminho do cinema. Isso mesmo. Disseram-me da outra vez e agora, de novo, que os filmes são todos dublados aqui. Somente dois cinemas passam alguns filmes legendados. A grande maioria é dublada mesmo. O que explica um pouco porque o inglês não vinga num país culturalmente tão privilegiado. Nem em filmes se tem interesse em ter contato com o idioma.  No mínimo, interessante.

Fiquei curiosa, afinal, no Brasil, as dublagens melhoraram muito, mas ainda derrapam feio algumas vezes.  Tem gente que detesta filme dublado.  Então,vamos ver como é a coisa por aqui.  Foi bom inclusive para descansar um pouco.

Escolhi Alice, pois havia visto o filme legendado há umas semanas.  Fui ao Cinemax, conjunto de salas, e peguei a sessão das 16h25 em 3D. $13,50, mais ou menos o que se paga no Brasil, dependendo do cinema. Bem, duas conclusões: o filme do T. Burton é bom mesmo, pois consegui ver pela segunda vez,em alemão, até o fim e não me aborreceu.  Quanto à dublagem, a voz da Alice, ficou melhor em alemão (mais entonação); a voz da Hathaway também.  Para a rainha vermelha, o cavaleiro, o cão, o coelho, ficou igual. Para a larva, ficou pior.  Quanto ao dublador do J. Depp, não ficou mal, mas aí é muito difícil, pois J.Depp é J.Depp.  Na média, foi muito bem, não fez feio.  Consegui entender uns 40% do filme juntando meu alemão de décadas e, obviamente, a memória recente do filme em inglês.  Pensei que não aguentaria nem meia hora, que seria uma tortura, mas ficou bem longe disso.

Ah, e não tem aquele negócio de devolver os óculos. Eles ão seus para toda a vida. Estou levando os meus, assim não preciso usar aqueles enormes que nos dão em SP, os tais higienizados.  Se aqui pode, por que aí não?  Há uma caixa para descarte, naturalmente, para quem quiser.

Outra coisa:a pipoca é fria. Vem pronta em mega sacos pláticos, aí põem no lugar de vender, e você (porque eu não compro pipoca no cinema de jeito nenhum) come aquilo frio.  Vantagem: não faz barulho  (havia umas duas crianças próximas, e nem notei mastigando a pipoca).  Além disso, como o mais comum é comerem a pipoca doce, você tem de ser bem específico de que quer a pipoca salgada.  Em compensação servem nachos com queijo quente, então o pessoal come muito isso no cinema (ecaaaa!).

As fileiras são numeradas de trás para a frente, ou seja, a primeira fileira é n, a segunda m, e por aí vai. Os preços são diferenciados: na frente mais baratos, meio x, fundão x+1 (diferença de $1 aprox.).

Como aí há um dia em que é bem mais barato ir ao cinema.  Deu para perceber que o pessoal daqui não é muito de cinema, talvez pelo frio também.  Sei lá.

Depois, comer um pato (meio) com chucrute e  knödel no Hofbraus.  Nossa, só deu para traçar o pato, dos acompanhamentos sobrou metade. E só tomei água com gás, hein... Uma delícia, e por $20 com a gorjeta.  Serviço simpático e eficiente.

Gostaria de ter dado uma passadinha no Planten um blomen, mas não deu.  Muito movimento, muito frio, cansaço de monte.  Amanhã acho que não dará também, pois o tempo se anuncia cavernoso. Mas vou ter um programinha diferente, mais para o social.  Igualmente bom, com certeza.

Hamburg, Hamburg...como cantaria Frank Sinatra (NY, NY...)


Hamburgo é tão especial, que deveria ter uma música mundialmente famosa, tipo NYNY,na voz de alguém como F.Sinatra.  Então faz de conta...Hamburg, Hamburg, I want to wake up in a city, that never sleeps, and find I'm a number one top of the list, king of the hill, a number one...

Vou dividir o dia em dois posts, senão vou me perder. Afinal foi pé na estrada das 10h30 às 19h30.

Primeiramente, participei de um tour free  - Sandemans New Hamburg.  É um pessoal que tem de ter inglês nativo ou similar, que leva no minimo 5 pessoas pela cidade, contando história, folclore, anedotas. O grupo começou com uma pessoa de Yale (Chris Sandeman).  Há esse tipo de atividade em várias capitais do mundo (inclusive em Amsterdã, onde vou tentar pegar o tour).  Não há obrigatoriedade de pagamento. No final as pessoas dão o que quiserem/acharem que o passeio valeu.  No meu caso, peguei uma inglesa (Kim), que vocês poderão ver em algumas fotos/vídeos do link abaixo.   Ela foi simpaticíssima o tempo todo, animada (mesmo com o frio e vento que enfrentamos hoje), deu-nos informações de monte, de todos os níveis (históricas, anedóticas).  Aprendi muito com ela sobre a história da cidade, os negócios, seus habitantes, ocorrências (grande incêndio que devastou 1/4 do sul da cidade no século XIX), e por aí vai. Foi um passei de 3 horas.Paramos 10 minutos para café e banheiro.   O grupo tinha umas 10 pessoas: dois canadenses, um argentino, uma chinesa (Hong Kong), uma americanada, um alemão, eu, etc.

Apesar do frio e vento cortante, foi um tour excelente.  Revi St. Nicolai, só que desta vez com direito a um concerto de sinos; o porto, com seus novos prédios - modernésimos; alguns prédios por que tinha passado mas não sabia dos detalhes. E tome história. Hamburgo é milenar, e foi (ainda é) importantíssima pelo empreendedorismo de seus habitantes, homens de negócio, religiosos.

Os prédios construídos pelas companhias de navegação são fabulosos. O tamanho, os detalhes, o arrojo arquitetônico encantam. E estão todos lá, bem conservados.  A cidade sofreu um grande incêndio, foi bombardeada pesadamente, mas conseguiu se reerguer, reconstruir mesmo. Há sinais, ou melhor, marcos dos desastres, mas apenas como lembrete.  Tudo foi refeito, recuperado. Tudo é limpo, bonito, bem mantido.  Caminhando pela cidade, notam-se muitas equipes de manutenção; a parte nova (fotos no link) é um canteiro de obras gigantesco.  Tudo para tornar a cidade mais atrativa para investidores e visitantes/turistas.

Tomara um dia eu possa voltar por aqui.

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Hamburgo06052010?feat=directlink

Novas considerações

  1. Esqueci de mencionar que fiz meu passeio de barco de graça.  Cheguei 5 minutos antes de o barco sair e o rapaz da bilheteria disse para eu ir para o pier e pagar diretamente no barco.  Fiz o passeio traqnuila achando que pagaria no final, pois quando entrei no barco ninguém me pediu nada.  Quando estava saindo, perguntei a um dos rapazes se ele é que receberia o pagamento (ele não falava nada de inglês).  Deu-me a impressão de que ele disse"não, não precisa".  Mas insisti...vai saber...Aí ele conversou com o outro colega, que falava inglês, e o final foi: no need to pay. You are our guest.  Bom, agradeci e fui embora. Que mais eu poderia fazer?  Acho que vou repetir o passeio hoje.  (Brinca...);
  2. por causa do horário de verão está claro às 5h e só escurece depois das 21h.  O dia fica bem aproveitável;
  3. nos banheiros da casa há aqueles aquecedores de toalhas, que secam e deixam a toalha sequinha quando você vai usar. Pelo frio e umidade, não daria para usar a toalha de outro jeito a cada 24h;
  4. as pessoas secam suas roupas ou na varanda, ou janela, ou no keller (porão que há em prédios em geral, meio garagem). Não têm lavaderia/área de serviço, e também não são fãs das secadoras.  Quando vem o inverno, secam dentro de casa mesmo. E no porão não há secadora, é varal mesmo que as pessoas do prédio podem usar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Hamburgo, quem te conhece te compra - 5/5/2010


Da outra vez que estive em Hamburgo, fiquei uns 3 dias, se não me engano, e fiz o que normalmente os turistas fazem: passeio pelo Elba, Planten un blomen, Hofbräu, Rathaus.  Desta vez, como vim com mais tempo e querendo descansar, tenho andado mais pela cidade, olhado para as pessoas, feito o que não fiz da outra vez.

Hoje foi dia do passeio de barco pelo Alster (lago lindo bem no meio da cidade).  O dia estava/está lindo, céu azul, sol, calor e vento.  Está muito bom! O passeio pelo lago (link de fotos abaixo) valeu muito para ver uma Hamburgo diferente.  Eu sabia ou sentia que Hamburgo era uma cidade diferente (lembrem-se que visitei perto de uma dezena de cidades alemãs em 2008), mas não sabia bem por quê.  Sabia de sua importância histórica e comercial, mas hoje, com o passeio, soube que é a terceira cidade do mundo em número de consulados estrangeiros (só perde para NY e Xangai); os EUA puseram um consulado aqui 40 anos após a Independência; há mesquitas, sinagogas, igrejas: Hamburgo orgulha-se de ser uma cidade que recebe todos de todos os lugares e de todas as crenças; é a cidade mais rica da Alemanha; tem localização privilegiada, e por aí vai.  Ah, e é a cidade mais britânica da Europa fora da Inglaterra (houve grande influência daquele país por aqui).  Como disse minha prima: tudo simples, mas muito especial.

Vi as casas à beira do lago: fantásticas! O metro quadrado aqui não é tão absurdo (Euro 1.300/m2), no entanto, os imóveis à beira do Alster alcançam valores astronômicos. Um apartamento muito especial (de grife) foi vendido por $ 2.700.000,00.  Uma grana!

Hamburgo é a Veneza alemã. Há um passeio pelos canais que, se o tempo ajudar, vou tentar fazer. E como se aproveita o solzinho por aqui: todo mundo nas áreas externas, todo mundo nos parques (maravilhosos!) à beira do lago, tentando aproveitar ao máximo o tempo bom!

Depois foi hora de comer o típtio spätzle (http://pt.wikipedia.org/wiki/Spätzle).  Bem gostoso, um macarrão diferente, leve, que veio com molho branco, queijo e cebola triturada e tostada por cima.  Muito saboroso. E aqui tudo vem acompanhado de uma saladinha.  Os pratos são muito generosos; não consegui comer metade!  O preço foi bem camarada: entrada de camarão com aspargos (dividimos), 2 x spätzle com saladinhas, 2 cocas e o serviço = $20/cada.  E num lugar lindo na Colonnaden (Franziskaner / http://www.restaurant-franziskaner.de/).

Aí fomos atrás de uma loja que Carolina queria me mostrar. Mas antes, passagem pelo Petit Café, famoso, de fazer fila, por suas tortas de maçã ou frutas vermelhas.  Só servem isso e café, cafe latte (ótimo!), chá.  A torta é imensa! (a foto no link abaixo é de um pedaço que dividimos).  O lugar é uma graça (só duas pessoas trabalhando...), e fica em Eppendorf, um bairro bacana demais!  Com lindos restaurantes, cafés, passeios públicos, prédios recuperados charmosíssimos.  Ou seja, clima do melhor que se pode ter ou querer em qualquer lugar.  Até um jardinzinho no meio de vários prédios a gente descobriu sem querer.  Um sonho!

E, de novo, trem para cima e para baixo, com a maior tranquilidade.  Não dá para não se acostumar com isto aqui.

Amanhã é dia de tentar um passeio a pé gratuito que fazem por aqui, talvez o passeio de canais e...tchan, tchan, tchan, um cineminha (depois explico). Ah, e terminar as compras/encomendas.  Das Gott mir helfen!!

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Hamburgo05052010?feat=directlink

Mais algumas considerações

  1. Mesmo com o sol que tem dado por aqui, notei que não se faz muitouso de óculos escuros.  Até a Lola disse que deixou de usar por aqui,ie, que no Brasil usava mais.  É interessante porque tem muita gente de olho claro e a luz deve incomodar bastante; mesmo assim, preferem não usar óculos escuros - somente hoje,que estava muito sol, vi mais gente com óculos-, e talvez "usufruir" tudo que é possível do sol quando ele aparece por aqui. Apenas uma teoria, pois condições e informação têm para proteger os olhinhos;
  2. perguntei por que a gente não ouve nada do apartamento de cima, ie, gente caminhando., por exemplo, a praga nacional para a gente no Brasil. Explicaram que o alemão, quando chega em casa, põe suas pantufas imediatamente. Inclusive, as visitas recebem pantufas quando chegam à casa de alguém.  Ou seja, ou andam descalços ou com meias ou com as pantufas.  Então, ojo!, meias em dia quando visitar algum alemão (o fato é que é um alívio não ouvir sapatos indo e vindo sobre a nossa cabeça);
  3. como comentei durante a outra viagem, apesar de alemães não terem fama de superlimpinhos, os banheiros, em qualquer lugar, são muito asseados, cuidados, o papel higiênio é 10 vezes melhor que o nosso Neve, há muitos lugares em que torneiras e descargas são automáticas (você não precisa tocar em nada);
  4. a vedação aqui da casa é muito boa. A gente não ouve nada, não entra um friozinho.  Só no banheiro que a coisa pega um pouco, mas é contornável.  O isolamento térmico e acústico é fantástico;
  5. agora o máximo é o silêncio: eu ouço o silêncio, ou noto, como queiram.  Tenho dormido bem e me sinto descansada porque o silêncio é absoluto.  Explico: mesmo indo para Campos, para a praia, sempre há um barulho. Mesmo na casa de amigos ou parentes que ficam em lugares tranquilos de SP ouve-se algo. Aqui a grande coisa não é a localização (o bairro é tranquilo, mas estamos à  beira da linha do trem) apenas, é o isolamento de grande qualidade.  Agora mesmo, escrevendo este post, olhando pela janela, vendo o dia ensolarado, não ouço nada. É reconfortante!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Mais algumas considerações

1) Desta vez vi menos muçulmanos (imigrantes), mas vi muitos negros (mais do que há dois anos) e alguns asiáticos;

2) a produtividade das pessoas daqui continua me surpreendendo: não só no Stader (hoje), mas no Balzac (ontem). No Balzac havia apenas dois funcionários no balcão (é uma loja estilo Starbuck's): um cobra e o outro prepara. Ninguém mais.  Na farmácia (grande) em que comprei uns produtos, apenas duas funcionárias.  No Hofbräu, hora de almoço, e não mais do que 4 ou 5 funcionários, e aquilo é grande!  Aliás um deles, um senhor, também me serviu da outra vez (2008). E tudo é tranquilo, sem filas,sem espera, os pedidos vêm certos,  a conta e o troco também. Para mim, que vejo a improdutividade dos brasileiros diariamente, é muito doloroso. O problema a gente até sabe onde está, mas são séculos de vício e práticas incorretas.  Acho que não vai dar para dar o "salto" que nos separa;

3) nas lojas não há aquela tela em que se vê o valor da compra.Por quê? Porque não se pode nem pensar aqui que o preço cobrado não seja o anunciado, que haverá algum tipo de malandragem da parte do estabelecimento.  Os cartões de chip não funcionam com senhas, é tudo com assinatura. E é seguro para o estabelecimento? Deve ser...E nenhuma loja tem olheiros externos (muitas expõem seus produtos no lado externo da loja); as bicicletas são devolvidas, as tarifas indevidas também.  Não há malandro, bandido, fascínora por aqui? Claro que há, mas a proporção é que deve ser bem diferente! Aliás, são exceção não a regra;

4) os transportes são limpos, confiáveis, confortáveis.  São cuidados pela população, porque sua qualidade significa o cuidado com a população;

5) os alemães, mesmo os mais jovens, têm um inglês muito canhestro, se considerarmos o poderio econômico-financeiro do país, que exporta muito, é expoente do mundo ocidental.  No mínimo interessante esse desinteresse pelo idioma anglo-saxão em tempos globalizados;

6) de novo não vi nenhum "controller" de passagens nos trens...mas não deixo de comprar meu bilhete de jeito nenhum.  Já pensou o carão?

Stade, linda! - 4/5/2010

Hoje foi dia de visitar Stade(http://pt.wikipedia.org/wiki/Stade_(distrito) / http://en.wikipedia.org/wiki/Stade).  O dia amanheceu assim, assim, mas depois abriu. Céu azul,vento, frio, depois calorzinho gostoso (são mais de 20h e o céu está azul, azul, ensolarado).

Deem uma olhada nos links acima para ver um pouco da história da cidade. Ela é milenar, e antes de Hamburgo era a estrela da Liga Hanseática.  Muito interessante.

O transporte por aqui é muito, muito fácil.  Peguei o trem que normalmente pego para ir ao centro num determinado horário, e nesse horário ele vai até Stade = 90 minutos daqui (Hamburgo) onde estou.  O bilhete custa $14,50 mas se pode usar o dia todo, em trem, metrô, ônibus, em qualquer parte dentro do perímetro incluído no preço.  Os valores dos bilhetes são escalonados conforme a distância do destino.  Stade custa mais caro por isso.  Os bilhetes são comprados nas máquinas, que "falam" alemão, inglês, francês e mais algumas línguas. Elas aceitam até Euro 20 e dão o troco certinho.

Os trens daqui (Ubahn eu não peguei ainda = metrô) são silenciosos, macios, confortáveis (as poltronas não são fofas, são durinhas, ergonômicas, feito Dr. Coluna; assim, mesmo após horas a gente se sente superbem), limpos, rápidos.  Se eu não tivesse o que fazer, ficaria andando de trem pra lá e pra cá o dia todo...O balanço relaaaxaaa. Também são precisos no horário.  Se é 11h08 é 11h08, nem mais nem menos.

E lá fui eu para Stade.  No link abaixo estão as fotos da cidade. Cheia de história, edifícios lindos, um labirinto de vielas deliciosas.  Comércio muito bom, restaurantes, cafés de monte.  Há muitos alemães visitando a cidade.  Hoje estava relativamente vazia, mas imagino que sábado e domingo aquilo lote. É bem fácil de andar, não tem subidas/descidas, é muito arborizada.  Simpatiquésima!  Eu voltaria lá se a ocasião se apresentasse.

Acabei "almoçando" no Stader Tee Cafe (http://www.stader-tee-cafe.de/) -deem um look no link.  Uma delícia!  Comi uma flannkuchen - um tipo de pizza macia, com massa superfina e cobertura de queijo, cebola e presunto - deliciosa. Só um pedacinho!! Depois experimentei dois doces: um de maçã com chantilly muito levinho e outro de baunilha (bolo recheado) levíssimo também.  Tudo acompanhado por um delicioso cafe latte.  E como eles fazem cafes latte bons por aqui.  Já tomei três (Balzac, Thybo e agora no Stader).

Como mencionei no blog da viagem de 2008, o que me impressiona (sempre!!) é a produtividade desta gente: uma senhorinha,de bem mais de 60 seguramente, muito simpática, elegante, pega o pedido, prepara os chás, cafés, serve os doces, vende os produtos da casa. SOZINHA!!!! E não se enrola, ninguém fica esperando horas, sempre atenta e solicita.  Tenho certeza de que vou me lembrar muito dela quando for tomar meu café em SP, e.g., na Kopenhagen, no Viena Express, no Havana, com aquela multidão de funcionários que erram, demoram, destratam, não têm o mínimo de atenção, dão trombadas.  Fato acabado:jamais chegaremos lá.  O caso do Stader se multiplica por todos os lados, cidades, por onde passei em 2008, e em outros países (Holanda).  E tiro a prova agora, dois anos depois.

Há vários museus, pequenos, em Stade, mas não visitei.  Dei uma olhada no que estavam apresentando e preferi caminhar mais pela cidade.

Muitos turistas alugam bicicletas e se locomovem assim. Tudo muito fácil, seguro.

Acho que as fotos podem dar uma ideia da graça, beleza, história, arquitetura, conservação da cidade.

Em Stade estão gigantes como a Airbus e a Dow.

A volta foi tão tranquila quanto a ida.d

Agora, no final do dia, fui dar um passeio perto da casa em que estou hospedada. Há um parque bem bonito a uns 5 minutos daqui, a pé.  Tirei foto de uns trailers, trolleys que há por perto, na rua em frente daqui.  Notei que, no caminho para Stade, há muitos espaços tipo "camping", com trailers ou casinhas de madeira. Estranhei as casinhas de madeira porque são tão caprichosos por aqui, e as casinhas pareciam mais depósitos, meio improvisadas.  Depois soube que é isso mesmo: como as pessoas não têm quintal (jardim todo mundo tem, até nos prédios de apartamentos), eles compram/arrendam terrenos na cidade (distante do centro) ou à beira das estradas. Ali não há, nem haverá, água ou luz, paga-se um imposto bem baixo, e a condição é não morar, mas usar apenas para lazer, em finais de semana, plantar.  Veem-se vários canteiros plantados, muitas pessoas trabalhando a terra. É muito interessante.  Tem até trailer para transportar cavalo, vi também uns dois ou três num tipo de curral.

Depois vou tentar tirar foto de uma rua próxima daqui em que há uma fila de trailers e casinhas de madeira.

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/StadeEHamburgo452010?feat=directlink

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Um típico dia de Hamburgo - 3/5/2010

A gente não pode elogiar!  Ontem uma delícia de dia por aqui (em Amsterdã estava 9C e chovendo), e hoje um tempinho bem queca.  Chovendo e 10C.  Mas somos fortes, bravos, filhos do norte...portanto, lá vamos nós tomar chuva e pegar vento.

Enquanto a Carolina tinha sua aula no centro da cidade, fui caminhar por lá, rever alguns lugares, ver vitrine, tomar um café no Balzac (http://www.balzaccoffee.com/shop/index.php) (eles fazem frente ao Starbuck's e o pessal daqui prefere. É quase igual (produtos, sistema de trabalho, layout, etc.), mas o café latte é muito melhor. Ainda não experimentei outros produtos. Vou tentar).  A Carolina já meu deu uma localizada, então agora posso me locomover sozinha.  Almoçamos no Hofbräu daqui (tem em Munique).  Gente, eu não me lembrava, mas os pratos são imensos.  Vejam as fotos no link abaixo.  Da canecona de chope tomei 1/3 se tanto, e do wienerschinitzel ficou metade.  Mas tudo muito gostoso, e com preço razoável (com serviço $20 - mas dava para duas pessoas com certeza).

O tempo melhorou após 12h, então caminhamos bastante (almoçamos tarde, terminando lá pelas 14h), compras (marzipã de Lübeck-aliás, neste exato momento estou degustando sabores diversos. Uma delícia!-, muito choco, produtos de beleza, meus amados lenços de papel, e mais umas cositas legais).

O metrô daqui é ótimo, preciso nos segundos.  A passagem para andar o dia todo em metrô + ônibus custa $ 5.Em termos de transporte é tudo muito avançado: quem trabalha tem um passe pela empresa para circular nos finais de semana com mais um adulto e até três crianças.  Quem usa o metrô em horários fora do rush, também pode comprar um passe que permite circulação nesses horários pagando mais barato.  Agora o máximo é o que estão fazendo para animar o pessoal a andar ainda mais de bicicleta.  Vejam no link uma foto em que aparecem umas bicicletas vermelhas, novinhas.  A prefeitura disponibilizou várias em todas as estações de metrô.  Você se cadastra e pode usá-las quando quiser.  A primeira meia hora é gratuita, depois as taxas vão correndo, mas é muito barato. Tudo fica vinculado ao cartão de crédito.  Ou seja, se usar por um tempo em que o pagamento é devido, debitam o cartão.  Tem-se de pagar uma espécie de taxa anual ($5), mas se não utilizar o sistema devolvem o valor ao final do ano.  Todo esse controle da municipalidade (crédito/débito) já me parece incrível. Agora o mais incrível é a devolução das bicicletas em perfeito estado.  Disseram-me que o fato de o uso+devolução estar vinculado ao cartão de crédito coibe roubos ou danos.Pode ser, mas o fato é que a civilidade desta gente é impressionante, então mesmo que não houvesse isso, talvez, a coisa funcionasse muito bem também. Sei lá.

http://picasaweb.google.com/miriamkeller/Hamburgo03052010#

Segundo previsões, amanhã o tempo melhora muito (sol e uns 12C), então vou a outra cidade para conhecer.

nota- falei há pouco com minha querida amiga Elê, que está lá em Hong Kong.  Pelo jeito ela está deixando os chinesinhos de olhos arregalados com o domínio do idioma local! Na volta, vamos ter muito história...

domingo, 2 de maio de 2010

Considerações finais sobre o dia



Uma coisa que não tinha notado da outra vez: o Schiphol (aeroporto de Amsterdã) é muito grande, organizado, bem sinalizado, com bom atendimento - isso eu tinha visto na viagem anterior, mas eu não tinha me dado conta do tamanho da pista.  Hoje taxiamos por uns 10 minutos até que o avião para Hamburgo arremetesse.  Deu-me a impressão de que íamos por terra mesmo até a outra cidade, pois ele rodava, rodava, rodava e a gente não chegava na cabeceira da pista. Incrível a distância que percorremos!

Também notei um número ainda maior de estrangeiros, imigrantes, gente das colônias por Amsterdã.  Os holandeses devem ter provocado isso, atraindo-os para funções que eles mesmos não querem ou podem exercer.  Essas pessoas estão, sobretudo, em funções que não requerem habilidades intelectuais, culturais. Estão no braçal. É interessante que vi em muitos deles o que vejo em pessoas de mesma função no Brasil: falta de compromisso, preguiça, lentidão, falta de cuidado, arrogância do gênero"tudo me é devido e você não é melhor que eu", além de rudeza evidente!  Em dois anos isso ficou mais evidente para mim e imagino que isso não tenha volta para o país e seus cidadãos originais. Uma pena!

E quanto a Hamburgo, ensolarada e linda, continua a mesma (aqui em cima e no link abaixo, fotos da janela do Fábio e Carolina que estão me hospedando). Muito passarinho, muito verde, muito silêncio, muita tranquilidade.  Ah, e o doce aí de cima foi nossa sobremesa no jantar (depois de cerveja, queijo, pastinhas e bratwurst logo após minha chegada): ruibarbo com morango em massa folheada. Estava fantástica!

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Segundo ato: a viagem - 1+2/5/2010 - parte II

Entãããooo, pensando que ter passado pela PF sem maiores problemas tinha sido meu grande achievement do dia, lá fui eu para meu embarque. O voo estava lotadíssimo! Mas a KLM é organizada, o pessoal de bordo é ótimo, os aviões são mais confortáveis que a grande maioria, portanto grandes perspectivas para o voo.

Chegando ao meu lugar, havia um homem colocando sua mala no bagageiro. Ajudou-me. Era meu vizinho da janela. Haveria mais alguém no meio e eu ficaria no corredor (sempre prefiro: posso sair, levantar a qualquer hora, posso esticar as pernas).  Dali a uns minutos chega uma moça de uns 30 anos para ocupar o lugar do meio. Achei até que fosse acompanhante do passageiro da janela, mas não era.

O avião levanta voo e oferecem bebidas.  A moça pede um vinho tinto.  Preciso esclarecer que, quando ela se aproximou para ocupar o lugar, senti um cheiro fortíssimo de álcool, o de bebida mesmo. Sabe quando alguém bebeu bem ou estava em um ambiente impregnado de álcool e fica com aquele cheiro acre? Isso aí.

Bem, lá veio o vinho tinto.  O homem da janela puxa conversa, a moça é checa, trabalha com algo relativo a turismo (não entendi bem o quê), viaja muito, fala um ótimo inglês, um espanhol básico e é bem articulada.  Estava indo a Praga para visitar os pais.  O "viaja muito"  quer dizer que ela fica um tempo em cada país.  Aparentemente o trabalho tem suas vantagens (viajar, conhecer gente, culturas diferentes) mas não paga bem. No meio da conversa com o vizinho diz que os pais a ajudam com dinheiro, além de entusiasmo.

Conversaram durante aproximadamente quase hora e meia. Eu lá lendo minha revista, vendo meu filme, não querendo muita conversa. Acho que o tal cheiro de álcool tirou minha vontade de travar conhecimento.

Enfim...lá vem o jantar e outro vinho tinto. O homem pede uma cerveja (eu só na água, táááá?).  Vem o café e um licor.  Dali a uns 30 minutos outro vinho tinto.

Gente, as companhias aéreas até alertam as pessoas de que elas não devem beber muito álcool ou café durante os voos pois os estimulantes são potencializados.  Mas o pessoal não pensa...

Bom, depois disso, de uma ou outra frase que troquei com o vizinho da janela, e mais vinho tinto para a moça,ela pede licença pois quer ir ao banheiro.  Mal consegue de manter de pé.  Aliás, diante do que ela bebeu,e considerando que jantou (vegetariana, pode??), meu medo é que ela vomitasse em mim. Verdade!

Bom, a moça vai à cabine dos comissários, vai para trás, vem para a frente, e se.senta.  Na verdade ficou ausente do lugar bem uns 30 minutos.  Dali a pouco vem a chefe das comissárias pedir desculpas,dizendo que a pessoa que a atendeu não entendeu o pedido e pediu que ela aguardasse. E outra garrafa de vinho tinto!

Bem, aí já eram umas 23h (hora SP).  Eu escolhi um desenho (Tá chovendo hamburguer) que não havia visto no cinema, enquanto a conversa de meus vizinhos continuava. Dava para perceber que a moça era informada. Mas teve uma hora hilária: estavam falando de miséiras  humanas e ela começou a chorar, ou choramingar.  Pelo tema e pelo álcool, seguramente.  E o homem da janela ficou com um olhar estatelado, sem saber o que fazer. Tive que dar "pause" no filme e ir ao banheiro. Não dava para aguentar.

Voltei, continuei com o filme, a conversa morreu, os dois dormiram.  A moça dormiu com  a garrafa de vinho tinto e o copo numa das mãos e com o controle da tv na outra.   Eu dormi bem mais tarde. Dormia umas duas hroas, acordava, dormia, e assim foi, mas deu para descansar bem, mas meus vizinhos dormiram a sono solto por umas 6 ou 7 horas seguidas. Ah, sim, enquanto eu estava vendo a animação, já quase no final, uma cabeça cai no meu colo.  Sim, a cabeça de minha vizinha borracha.  Tive de cutucá-la, ela se ergueu, acomodou-se  na poltrona,mas acho que nem chegou a despertar.  Também durante a noite ficava se virando e foi um tal de cotovelada, chutes, um horror!

Vale de novo o registro sobre o pessoal da KLM. Como dormi em períodos, coincidiu de, em todas as vezes em que estava acordada, ver as comissárias servindo água, suco de laranja, ou refrigerante, e até sorvete. Foram várias rodadas. Ou seja, não precisava pedir, elas faziam isso (isso também aconteceu nos voos da viagem anterior - http://miriammaio2008.blog.terra.com.br/), metódica e diligentemente.  Bacana, pois a gente fica hidratado o tempo todo, refresca, não fica com fome.

Bem, lá pelas 6h local fui à toalete.  A moça só despertou bem depois, justamente quando estava passando a comissária com água e sucos, pré bandejas de café da manhã, e adivinhem o que minha vizinha pediu? Vinho branco.A comissária, que era a mesma que pediu desculpas a ela na noite anterior, disse cortesmente que era o café da manhã e não serviam álcool.   Depois veio o café propriamente, e o que ela pede à comissária (outra)? Vinho tinto! Resposta: infelizmente acabou tudo ontem, todo mundo quis vinho tinto - tudo dito com sorriso simpaticíssimo.  Você acredita?

Ah, sim, antes disso, estou eu lá, já acordada,apenas de olhos fechados e sinto algo passar acima de mim. A moça pôs-se de pé, e apoiando-se nos braços de minha poltrona passou acima de mim para atingir o corredor. É molde?  E se ela se desequilibra, ou o avião entra em turbulência? Eu levaria o pé dela pela barriga, virilha, ou o que for, podendo me machucar.  Haja, viu!!!

Estamos quase chegando, em processo de aterrissagem e sinto algo próximo ao meu pé direito. O quê? Uma garrafinha de vinho tinto, seguramente aquela com  a qual ela adormeceu em uma das mãos (vejam acima).  Tive de segurá-la com o pé, pois não dava para desatar cinto, abaixar-me e aquele negócio poderia voar dependendo do impacto do pouso. Francamente!

Chegamos, o ocupante da janela me ajudou a descer a sacola do maleiro. Despedi-me dele.  Aí ele disse à moça que tinha sido um prazer conhecê-la,e que iria a Praga de pudesse (trocaram telefones na noite anteior, um oferecendo-se ao outro para mostrar suas respectivas cidades -Belém e Praga).  Vejam que a moça conversou quase 90 minutos com o homem, ele sempre muito simpático e educado, ela visivelmente alterada pelo álcool.  À frase do homem ela disse: Ok! E nem olhou na cara do pobrezinho: sei não, acho que ela ou ficou envergonhada pelo pileque ou porque não sabia (lembrava) o que tinha dito/feito. Sei lá...

Enfim, foi a vizinha de viagem mais exdrúxula que já tive nas várias viagens que fiz pela vida.

E para terminar o momento avião/aeroporto, quando já tinha saído do avião e estava caminhando pelo finger para ir para minha conexão, deparei-me com uma holandesa de quase dois metros, loiríssima, com um pastor alemão cheirando todo mundo.  A moça que estava na minha frente chamou a atenção do cão que foi para cima dela. A segurança holandesa pediu que ela parasse, e claro que toda a filha também parou, o cão cheirou de novo e confirmou que havia algo ali.  A segurança perguntou o que a moça tinha nas bagagens de mão e para onde ia (Barcelona).  Imediatamente apareceu outro segurança, do mesmo tamanho mas sem cachorro, que pediu que a passageira o acompanhasse. A moça parecia tranquila, mas disse que a irmã e mãe estavam com ela um pouco mais atrás. Não teve perhaps: they will join you later.  Vou levá-la para nossa sala.  Bom, vocês podem estar se perguntando SPaulo/Amsterdã/Barcelona?  Pois é, meio complicado, mas seguramente uma forma mais barata de chegar a Barcelona.  Grande possibilidade! Mas há outras, evidente.  Não sou entendida em traficantes, mas me pareceu que a moça estava bem tranquila e sem culpa no cartório.

E, claarooo,como eu era a seguinte (e a Interpol já devia ter informado sobre a minha tesourinha...) lá veio o cachorro para cima de mim.  Mas, felizmente, eu não era o tipo dele e ele me desprezou. Fui liberada e pude seguir viagem.